Oi, pessoal. Ao ler essa reflexão muita coisa passou por minha cabeça e certamente passará pela sua também. Especialmente na frase que diz "Somos sujeitos que olham objetos". Gente, isso calou fundo na minha alma. Percebo incessantemente que as pessoas a cada dia mais valorizam o ter, pois o ser foi ou está sendo muito esquecido.
Ainda ontem no supermercado olhava o desespero daquelas criaturas praticamente brigando por um ovo de chocolate. Como se a vida se resumisse a isso, ganhar um ovo. Existe amor por trás desse presente? Será que quem vai dar o ovo sabe dar um gostoso e afetuoso abraço? E quem vai ganhar, será que o abraço não teria muito mais valor e provavelmente fosse o presente dos seus sonhos. Quantas vezes é difícil abraçar com o coração. Sabe dizer EU TE AMO para a pessoa presenteada. Sabe dar um sorriso, sabe ouvir o outro, lhe confortar quando tem vontade de chorar?
Está mais do que na hora das pessoas se darem conta de que a presença do outro, mesmo virtualmente é necessária, imprescindível. Ter listas gigantes de amigos no face, que não sabem te dizer oi, de nada serve. Olhar o que o outro está vivendo, não é apenas olhar com os olhos, é principalmente ver com os olhos do coração. Te-lo somente para bater dentro de nós e nos manter vivos é importante, mas não é por isso apenas que estamos vivos. Cada um carrega uma missão muito maior e na maioria vive seus dias no máximo do egoísmo, resolvendo apenas seus interesses.
Ao longo da vida irá dar-se conta do quão significativa ela será se souber olhar para o próximo, ao menos que seja para estar ao seu lado.Dar-lhe a mão basta, não precisa falar nada. Um simples gesto: um carinho de um dedo passando no outro dedo, diz muito, muito. Chega a nos levar às lágrimas. Tem pessoas que dizem: Não sei o que dizer. Respondo: não precisa dizer nada, só fica junto que já está ótimo. É este apoio que o ser humano precisa. Sentir que não está sozinho. Somente quem vive situações de alto conflito entre a vida e a morte são capazes de colocar-se no verdadeiro papel do ser humano. É preciso fazer as pessoas aprenderem a valorizar não só a alegria, mas especialmente a sua saúde e darem força espiritual para quem necesssita. Essa força nasce do amor, da confiança, do não sentir-se só. Essa força nasce especialmente da fé, independente da crença religiosa.