domingo, 8 de abril de 2012

Será que todo ser humano é capaz de olhar ,de fato, para o próximo?

(...) nós olhamos muito; olhamos através de lentes, telescópios, televisão... O nosso olhar torna-se aperfeiçoado dia a dia – mas nós vemos cada vez menos. Nunca foi tão urgente falar sobre ver. Cada vez mais aparelhos e objetos, de câmeras a computadores, de livros de arte a videoteipes, conspiram para assumir o controle do nosso pensar, do nosso sentir, do nosso experienciar, do nosso ver. Nós simplesmente assistimos, somos espectadores... Somos “sujeitos” que olham “objetos”. Rapidamente colocamos rótulos em tudo que existe, rótulos que são grudados uma vez para sempre. Através destes rótulos reconhecemos tudo, mas não vemos mais nada. Conhecemos os rótulos de todas as garrafas, mas não provamos nunca o vinho. Milhões de pessoas, sem o prazer de ver, zunem pela vida em seu semissono, batendo, chutando e matando o que mal conseguiram perceber. Eles jamais aprenderam a ver, ou esqueceram que o homem tem olhos pra ver, para experienciar. OAKLANDER

Oi, pessoal. Ao ler essa reflexão muita coisa passou por minha cabeça e certamente passará pela sua também. Especialmente na frase que diz "Somos sujeitos que olham objetos". Gente, isso calou fundo na minha alma. Percebo incessantemente que as pessoas a cada dia mais valorizam o ter, pois o ser foi ou está sendo muito esquecido. 
Ainda ontem no supermercado olhava o desespero daquelas criaturas praticamente brigando por um ovo de chocolate. Como se a vida se resumisse a isso, ganhar um ovo. Existe amor por trás desse presente? Será que quem vai dar o ovo sabe dar um gostoso e afetuoso abraço? E quem vai ganhar, será que o abraço não teria muito mais valor e provavelmente fosse o presente dos seus sonhos. Quantas vezes é difícil abraçar com o coração. Sabe dizer EU TE AMO para a pessoa presenteada. Sabe dar um sorriso, sabe ouvir o outro, lhe confortar quando tem vontade de chorar? 
Está mais do que na hora das pessoas se darem conta de que a presença do outro, mesmo virtualmente é necessária, imprescindível. Ter listas gigantes de amigos no face, que não sabem te dizer oi, de nada serve. Olhar o que o outro está vivendo, não é apenas olhar com os olhos, é principalmente ver com os olhos do coração. Te-lo somente para bater dentro de nós e nos manter vivos é importante, mas não é por isso apenas que estamos vivos. Cada um carrega uma missão muito maior e na maioria vive seus dias no máximo do egoísmo, resolvendo apenas seus interesses. 
 Ao longo da vida irá dar-se conta do quão significativa ela será se souber olhar para o próximo, ao menos que seja para estar ao seu lado.Dar-lhe a mão basta, não precisa falar nada. Um simples gesto: um carinho de um dedo passando no outro dedo, diz muito, muito. Chega a nos levar às lágrimas. Tem pessoas que dizem: Não sei o que dizer. Respondo: não precisa dizer nada, só fica junto que já está ótimo. É este apoio que o ser humano precisa. Sentir que não está sozinho. Somente quem vive situações de alto conflito entre a vida e a morte são capazes de colocar-se no verdadeiro papel do ser humano. É preciso fazer as pessoas aprenderem a valorizar não só a alegria, mas especialmente a sua saúde e darem força espiritual para quem necesssita. Essa força nasce do amor, da confiança, do não sentir-se só. Essa força nasce especialmente da fé, independente da crença religiosa.

 

Curtam o charme do "Dudu"

Vejam só a pose do animal!Fico pensando cada vez que olho para essa carinha como alguém teve a coragem de abandoná-lo. Infelizmente, quando se pensa em ser humano a atitude animalesca parte dessa espécie.
O cachorro é, de fato, o verdadeiro amigo. Já tive tantas decepções com pessoas que se diziam amigas, que hoje  penso e aprendo que o tempo faz a gente desenvolver o medo de amar. O cachorro é um animal que em hipótese alguma  vai desconfiar ou trair o seu dono. Confia cegamente  e lhe apóia incondicionalmente.

Outro dia conversando com meu filho, ele disse: Báh,mãe, estou chateado, pois o fulano não é quem eu pensava que fosse. Por que as pessoas são assim, mãe?
Então  coube a mim a difícil função de lhe falar que está numa fase onde  começa a ter as decepções com as pessoas. Enquanto  são crianças o comportamento mostra-se de uma forma, porém ao crescer, aparecem "performances" diferenciadas que nos chocam, pois não faríamos algo que envolva  a maldade, o destrato, a desconsideração.

Não podemos deixar de falar que cada indivíduo entende cada palavra de acordo com sua história de vida. Seus conceitos, portanto, são relativos. O que para mim é bom, para o outro é ótimo e para o outro seria algo que lhe desfavoreceria, então nem chance teria de ser considerado bom. Pois é, conforme se vive, aprendemos a nos frustrar e a lidar com gente sem caráter. É triste, mas é real.

Assim como o cachorro ainda acredito nos valores humanos que nos regem como sendo seres corretos. Na verdade dos fatos. O Dudu nos dá olhadas que não necessitam de palavras, ele expressa no olhar, nos movimentos: quero conversar também(au,au,au,au,au,au), me faz carinho ( e empurra o braço da gente com o focinho), me levem junto(quando entramos no carro ou saímos), esqueceram de mim aqui sozinho(as caras que faz traduzem isso quando voltamos), e por aí vai.

Quando é que o ser humano vai aprender a valorizar o outro no seu cotidiano independente de interesse pessoal?  Quando é que o homem vai aprender que o outro tem sentimentos e que fazem parte da mesma espécie? Aquele ditado que fala que pimenta nos olhos dos outros é açúcar, infelizmente é real. Existem pessoas que parecem nascer sem coração, sem piedade, sem humildade e o pior não é nascer sem, é não  procurar aprender desenvolver nunca e jurar que estão certos, mostrando uma empáfia que não lhes levará a nada.

Por isso admiro cada vez mais os cachorros! Graças a Deus ainda existem seres  confiáveis, poucos eu diria, mas existem. Daqui há alguns anos temo pela extinção da espécie humana (gente com jeito de gente).

Enquanto o homem curtir o sofrimento alheio como sendo motivo de assunto, e até dar gaitada como já vi, e nem sequer saber dar um abraço em quem sofre, ele está longe de saber ser gente. O cachorro sabe fazer companhia a quem quer que seja, ele não abandona nunca.Seja no sorrir ou no chorar.  Ele serve de exemplo.

sábado, 7 de abril de 2012

Sanduíche ultra gostoso!

Quer fazer um sanduba especial, sem risco de erro?
Mãos à obra.
Muito gostoso mesmo!

Sabe aquela hora que chega a visita e tu não sabes o que oferecer e dá um certo pavorzinho?


Ingredientes:
um tomate- bem picadinho
Um punhado de salsa -tempero verde-bem picadinho
azeitonas-umas 6- bem picadinhas
queijo ralado-2 colheres de sopa
uma cx de creme de leite
uma colheres de sopa de alho picado, bem miudinho mesmo
um pouquinho de manjerona (uma colher de chá)
sal a gosto
um pacote de pão de sanduíche-pode servir ele aberto ou fazer no modo tradicional.

Misturar tudo isso com a colher, e colocar no pão. Gente, fica uma delícia!
Rende de montão.
Experimente, faça e coloque seu comentário, vou aguardar.
A foto ficou com poucos sanduíches, pois comeram todos muito rápido! Isso é bom sinal.



quinta-feira, 5 de abril de 2012

1000 visualizações

Oi, pessoal. Que delícia saber que hoje completaram 1000 visualizações. Espero poder estar ajudando muita gente colocando as idéias das vivências que tenho, que tive e as que terei. É muito agradável saber que mesmo a distância podemos nos comunicar, clarear os pensamentos ou mesmo apenas provocá-los.

Fazer um ser humano pensar é algo magnífico, grandioso. Agradeço aos amigos do Brasil e aos que estão espalhados pelo mundo vendo as postagens, estou acompanhando daqui com muita alegria. Cerca de 200 pessoas estão acompanhando fora do Brasil.  Solicito que, se possível, é claro, que vocês coloquem os comentários, pois para quem escreve fica difícil saber se está interessante ou não, se querem dar sugestões fiquem bem à vontade.

 Vocês estão me dando um bonito presente de Páscoa com essas visualizações e me auxiliando a compartilhar o material.  Quando a gente faz as coisas com o coração, acredito que é mais tranquilo de se alcançar os outros. E tenham a  plena certeza, escrevo esse blog com todo meu coração. Cada linha, cada palavra é posta pensando nos detalhes que poderão lhes acrescentar. A vida é um caminho de aprendizagens a cada segundo, uns aproveitam as lições, outros sequer abrem a página. Cabe a cada um a escolha do que querem fazer, temos o livre arbítrio.Agradeço aos meus familiares, amigos, manas espirituais, por todo apoio para escrever esse material.

(...) nós olhamos muito; olhamos através de lentes, telescópios, televisão... O nosso olhar torna-se aperfeiçoado dia a dia – mas nós vemos cada vez menos. Nunca foi tão urgente falar sobre ver. Cada vez mais aparelhos e objetos, de câmeras a computadores, de livros de arte a videoteipes, conspiram para assumir o controle do nosso pensar, do nosso sentir, do nosso experienciar, do nosso ver. Nós simplesmente assistimos, somos espectadores... Somos “sujeitos” que olham “objetos”. Rapidamente colocamos rótulos em tudo que existe, rótulos que são grudados uma vez para sempre. Através destes rótulos reconhecemos tudo, mas não vemos mais nada. Conhecemos os rótulos de todas as garrafas, mas não provamos nunca o vinho. Milhões de pessoas, sem o prazer de ver, zunem pela vida em seu semissono, batendo, chutando e matando o que mal conseguiram perceber. Eles jamais aprenderam a ver, ou esqueceram que o homem tem olhos pra ver, para experienciar.
OAKLANDER    

domingo, 18 de março de 2012

O CUIDADO COM OS MANDATOS ESTABELECIDOS

 Estava pensando o quanto Emilia Ferreiro foi profunda na sua reflexão:
"Um dos maiores danos que se pode causar a uma criança é levá-la a perder a confiança na sua própria capacidade de pensar" (Emilia Ferreiro)
 Psicopedagogicamente analisando essa fala, Ferreiro está também se referindo aos mandatos instituídos pelas pessoas, mesmo que de forma não verbal, mas o significado do qual estão imbuídos.
Todo ser humano molda seu perfil, a forma como se auto percebe baseado nas reações que as outras pessoas têm dele próprio, ou como a própria pessoa assim é capaz de analisar. Por aí permeiam os olhares, os trejeitos, os gestos, as palavras, os "não ditos", entre outros. 
E a própria caligrafia dos sujeitos está incluída nesses mandatos. A letra que fazemos traduz muito do que somos, basta parar para dar uma olhadinha. Isso conversaremos num próximo momento.
O ato de chamar alguém para conversar, dependendo da forma como é feito, já pode desencadear uma culpa danada, sem que o sujeito tenha aprontado algo. Supondo que a pessoa fosse chamar, dizendo: Fulano, venha aqui agora!!(dependendo do olhar, traduz: estás ralado, te peguei! e quem recebe o olhar já pensa: "Meu Deus, o que foi que eu fiz?".  Se a pessoa estava sendo chamada para dar uma explicação por exemplo de alguma atividade, é provável que aconteça ali um bloqueio e nem lembrar como fez.  Agora, se disser: "Fulano, dê um pulo aqui, vamos trocar umas idéias!" -Isso já se processa de forma diferente para quem ouve, exemplo: o prof, ou o adulto que o chama está querendo um diálogo, não está me chamando para me xingar, o que permite que o pensamento tenha chance de ir além e se sentir útil e participativo. Esse processo funciona muito bem, e é absolutamente simples, é uma questão de bom senso, apenas isso!!
Por isso os mandatos estabelecidos nos meios nos quais a criança está inserida, muitas vezes são o carro chefe para que isso aconteça. Tudo o que se diz para um sujeito,seja ele criança, jovem ou adulto vai lhe atribuir coragem ou não de acreditar que possui potencial para atingir seus objetivos!!

sábado, 17 de março de 2012

DICAS PARA PAIS E PROFS. LIDAREM COM CRIANÇAS QUE TEM DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO

Observar é a alma do negócio. Se sabemos que temos uma criança com DDA, é imprescindível fazermos o seguinte:

1)Essa criança precisa sentar-se bem na frente, próximo ao professor.

2)Ao elaborar atividades em folhinhas, cuide para que o número de exercícios não seja extenso. Muitas vezes o mesmo número (10 exercícios por exemplo, que uma criança que não tenha dificuldade de concentração consegue resolver com tranquilidade), para aquele que se distrai é mais interessante que receba 5 exercícios de tipos diferentes, ao invés de aprender por repetição fazendo os 10 exercícios parecidos de adição por exemplo. O importante é que a criança sinta-se com capacidade de realizar o que lhe é proposto. O número elevado de questões, lhe deixa atrapalhada ao elaborar o raciocínio. Vale a pena separar os exercícios em etapas, dando 1 de cada vez, para não deixar a criança com vários na mesma folha sem saber onde os desenvolver. Separar em um tipo por folha facilita (exemplo:atividades de adição sem transporte (5+4) também é uma idéia a ser considerada, mas é preciso entregar uma folha por vez, para não assustar a criança com um bloco de folhas.À medida que ela for realizando vai recebendo as demais. Importante: o ritmo de cada criança é único e próprio. Numa próxima é interessante, que, conforme o prof. for percebendo, oferecer exercícios que tenham desafios maiores, apresentando cálculos com transporte, por exemplo.

Exercícios de adição e subtração são aconselhados a serem feitos em páginas diferentes, pois pode desorganizar o pensamento no primeiro momento.

3) Assim também acontece na hora de escrever ou ler histórias. É interessante que o professor sempre dê à criança a oportunidade de ler antes sozinha, apenas com os olhos, leitura silenciosa para se apropriar do que o texto aborda. Não se sentir sendo pega de surpresa. Sabemos que a criança com déficit tem inteligência, o que ela ainda não consegue é ter o grau de concentração por um tempo maior. A faixa etária também influencia muito nessa questão. Sua produção textual nem sempre será grande, com um número X de linhas. O fundamental é que o que conseguir produzir tenha qualidade e coesão.

4)Atenção à quantidade de exercícios propostos de tema: é necessário pensar que as atividades organizadas para serem feitas em casa, precisam ser feitas pela criança, sem cansá-la. O número excessivo de temas gera desmotivação e acaba sendo feito pelos pais, mudando o foco de quem de fato precisa fixar o conteúdo desenvolvido. Caderno cheio não é sinônimo de aprendizagem.

5)Cuidado com as expressões: "desatenta", "descomprometida"," não pensa", "não se concentra", "não pára".  Existem crianças que acabam apresentando características do déficit de atenção em função de ouvirem com tanta frequencia que são assim, criando um perfil e acreditando que funcionam assim mesmo. Por isso é tão importante que essas falas sejam repensadas, especialmente pelos adultos, que estão no entorno, pois as crianças observam e vão assimilando comportamentos de acordo com as caracterísitcas que o adulto espera.

6)A questão do déficit precisa ser bastante analisada. Muitas crianças são identificadas como portadoras do déficit sem ter sido observadas por pelo  menos 6 meses, saber se tem mais pessoas na família com as mesmas características.Nem sempre é caso de necessidade de medicação. As vezes é apenas situação de manejo e fundo emocional. O crédito atribuído ao potencial da criança é fundamental nessa construção da autoimagem.

7)Para crianças que estão aprendendo a escrever, o ato de soletrar facilita muito o significado da compreensão da escrita, eles vão se dando conta e os olhinhos brilham identificando as letras que precisam colocar.

8)Trabalhar as crianças a respeito da importancia de respeitar a todos os colegas é fundamental. Todos têm capacidade de vencer, porém cada um tem o seu tempo.

9)Organização é imprescindível para crianças com déficit. Ter uma rotina que organize cada momento é necessário.

10)Quando a criança mostra agenda para a família, muitas vezes o responsável diz: "deixa aí, que depois eu olho." Essa fala deixa a impressão para a criança de que os fatos referentes à ela não tem grande importância. Por isso, saliento, que as famílias procurem olhar com atenção e carinho as observações colocadas tanto no caderno, quanto na agenda do filho.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Orientações para o uso dos cadernos e para organizar os materiais:



Oi, pessoal! Escrevi essas dicas de tanto observar essas "falhas" na organização dos alunos, penso que serão úteis para todos. Abraços. Vera Magnaguagno



1.    Identificação-Coloque o nome completo, a turma e a disciplina na capa, bem como o horário semanal das aulas (Isso facilitará no momento de organizar a pasta). Em caso de extravio do material, fica fácil a devolução dos mesmos.

2.    Datas das aulas: coloque diariamente a data da aula, fazendo um roteiro do trabalho desenvolvido em cada disciplina. Dessa forma, você lembrará do que foi realizado em cada dia, mesmo que o professor não utilize o quadro.

Exemplo: * Oração

                 * Trabalho sobre o livro interativo
                  *Correção dos exercícios do livro-texto (pág. 48 a 51)

3.    Espaços entre os exercícios:
Ao copiar do quadro fique atento para:
a)deixar uma linha em branco entre o enunciado do exercício e a atividade a ser realizada.
b)evitar escrever o enunciado com canetinha, mesmo que seja amarela (dificulta para ler) e passa para o outro  lado da página.
c)fazer uma separação entre um exercício e outro, cuidar para ser com lápis de cor. Se o fizer com canetinha, que seja uma linha fina, pois passa na folha para o outro lado, impedindo que use a parte de trás.

4.    Aproveitamento das folhas: os espaços das folhas do caderno devem ser bem aproveitados; deve-se usar toda a folha, sem deixar muitos espaços em branco e sem emendar uma atividade na outra.
Não se deve ocupar os espaços da folha com desenhos que não estejam relacionados ao conteúdo ali anotado. Um caderno com orelhas, riscado, rasurado ou rasgado demonstra falta de organização e capricho.

5.    Separação das disciplinas: você deve usar um caderno para cada disciplina ou uma divisão do caderno universitário (caso o professor tenha combinado assim). Não misture as anotações de várias matérias no mesmo caderno, pois ele fica desorganizado e você terá dificuldade para encontrar o que anotou quando precisar.

6.    Redações- Colocar o título e deixar uma linha em branco para começar a escrever o texto, lembrando sempre da existência do parágrafo. Ao escrever números em redações (um, dois, três, etc.) precisam aparecer por extenso e não o algarismo (1, 2, 3,etc.).

7.    Espaço para cálculos- Ao realizar atividades em matemática, seja no caderno, provas, ou em trabalhos, cuidar para deixar reservado ao  lado da folha um espaço específico para os cálculos (pode fazer uma linha com a régua ou a mão), separando o espaço, a fim de não misturar tudo e facilitar a compreensão do exercício que está sendo realizado.
Procurar fazer passo a passo os exercícios de matemática, dessa forma dificilmente haverá erro por falta de atenção, ou esquecimento de alguma parte do cálculo.

8.   Páginas do livro- Ao copiar do quadro as atividades que precisam ser feitas no livro, não esquecer de colocar as   páginas onde estão estas atividades. Realizar as atividades no livro de preferência usando lápis.

9.  Data e roteiro- Copiar sempre o roteiro da aula, bem como a data na qual foi desenvolvida a mesma.

10.Colagem das folhas: se você precisar colar folhas, dobre-as para que fiquem um pouco menores do que o tamanho do caderno; evite fazer dobraduras que o impeçam de usar a página seguinte. Não exagere na cola para que as páginas não grudem. É aconselhável que use cola bastão.

11. Datas de provas e trabalhos- fazer em letras graúdas, de preferência observando para que tenha um destaque no caderno, pode contornar em volta, lembrando sempre de escrever a data (dia e mês), o conteúdo que será estudado para os mesmos. Nunca registrar datas de provas e trabalhos em espaço pequeno, com letra miúda. Fazer com que chame a atenção.

12. Letra legível: a sua letra deve ser legível e caprichada; evite rasuras, riscos, uso de corretivo.

13. Uso de letras maiúsculas: use letras maiúsculas no início das frases e em nomes próprios.

14.Destaque para informações importantes: para facilitar a leitura, use caneta azul ou preta e reserve o uso das coloridas ou marca-texto para os destaques a serem dados às suas anotações.

15.Anotações de esquemas: você pode e deve anotar as explicações e os comentários feitos pelo professor. Faça esquemas, copie os exemplos citados, faça resumos do que foi visto em cada aula.

16. Antecedência para organizar o material: É importante que a organização aconteça com antecedência. Por exemplo, se tem aula pela manhã, na tarde anterior é necessário ver o que precisará ser levado, nunca deixar para a última hora. A colaboração da família é fundamental no andamento desse processo.



                                                                         
                                                  Vera Magnaguagno-Pedagoga, Or.Educacional e Psicopedagoga

SEU FILHO ESTÁ SOFRENDO BULLYING? COMO SABER E AJUDAR?


Seu filho está sofrendo  Bullying? Como saber e ajudar?

Mas afinal, o que é o bulllying? É toda situação causada por um colega cuja intenção é colocar apelidos, sacanear, humilhar, assediar, amedrontar, ofender, mandar, causar medo, perseguir.
É importante que pais e professores saibam perceber que o bullying pode estar acontecendo com a criança ou adolescente. A observação do comportamento do aluno que está sofrendo o bullying é fundamental, até mesmo para identificar o causador e acabar com esta situação. A pessoa que sofre tende a ficar angustiada, desencadeando dores emocionais e/ou físicas, gera sofrimento psíquico, sente-se excluída, passa a se isolar e chega a ponto de querer sair da escola. Ao constatar estas situações converse com seu filho, procure identificar o que está fazendo ele ficar tão aborrecido, muitas vezes chorando para não retornar ao ambiente escolar. Depois desta conversa, procure os profissionais da escola e relate os fatos, a fim de auxiliar a resolver esta situação o quanto antes. Pode acontecer também o contrário, isto é, os professores observarem uma mudança de comportamento e chamarem a família para verificar e lhes pontuarem o que estão notando. É importante fazer a criança relatar o que está acontecendo, por qual motivo anda tão aborrecido, isolado. Este é um trabalho que necessita muito do olhar de todos que estão próximos do aluno a fim de ajuda-lo, acima de tudo.
 As pessoas geradoras de bulllying tendem a ser aquelas que são acostumadas a terem suas vontades atendidas, a sensação de poder lhes concede conforto, nas suas casas de alguma forma sofrem intimidações, sendo vistas como bode expiatório, podem ter sido vítimas de algum tipo de abuso, tendem a ser humilhadas pelos adultos, vivem muita pressão para serem as melhores nas atividades que desenvolvem, precisam de muita ajuda ao invés de serem punidas. Esta ajuda não significa passar a mão na cabeça e considerar tudo tranqüilo, é fundamental que exista uma conversa franca, pontuando tudo o que gerou e que não é desta forma que se conquista lugares na sociedade, querendo ser o popular. Geralmente observa-se que pessoas muito mimadas tornam-se agressivas quando suas vontades não são atendidas. Naquelas famílias cujos pais são violentos, existe a falsa idéia de educação, onde estão ensinando seus filhos a serem também violentos. A criança aprende assim a interpretar que a violência é o único recurso para vencer qualquer contrariedade. É muito séria esta questão e a cada dia percebe-se que o índice aumenta nos colégios. O afeto, a coerência das ações dos pais, e da escola auxiliarão profundamente na mudança dos indivíduos. Um ser humano que desenvolve auto-estima de forma normal, sem ser influenciado pela violência aceita que os colegas tenham suas amizades, seus valores, suas características sem necessidade de incomodá-los. Os professores necessitam estar constantemente atentos ao comportamento dos alunos, principalmente, porque se percebe a mudança no seu olhar, na sua atitude. Informar os setores, colocar a situação, comunicar as famílias. Pais, coordenações e professores precisam estar atentos inclusive ao que está  nos sites (Ciberbullying), pois a internet é outro ponto escolhido para tal prática. É fundamental que os praticantes de bullying se retratem diante das pessoas que machucaram, desfazendo o mal que causaram e evitando novas situações. O atendimento com profissional especializado auxilia a dar um fim na situação, fazendo o indivíduo tomar consciência dos seus atos evitando assim que o problema se repita.

 

Vera Regina C. Magnaguagno-
                                                                     Or.Educacional e Psicopedagoga
                                                                                                                                                              E-mail: veracema@brturbo.com.br

POR QUE OS ALUNOS DE HOJE SÃO MAIS AGITADOS?

Esse texto é de minha autoria e já foi publicado no Jornalzinho da Criança. Penso que será de grande utilidade para uma reflexão, inclusive em reuniões de pais. Espero que gostem. Gostaria muito de ler as observações dos leitores,elas contribuem bastante para que a gente possa ajudá-los no seu dia-a-dia. Abraços. Vera M


 

Por que os alunos de hoje são mais agitados?


            Com freqüência escuto de professores a constante preocupação em descobrir quais os motivos que levam os alunos a serem mais agitados atualmente. Por que não conseguem se controlar? Falam constantemente, são inquietos, parece não perceberem a presença do professor entrando na aula. 
O que está por trás disso?
Parando para uma reflexão mais profunda começamos a nos dar conta de que as crianças atualmente, bem como adolescentes e até mesmo adultos, tem sede de contato humano. De um lado temos uma nova constituição familiar, onde os membros pouco se falam, trabalham muito e os filhos são criados sozinhos ou por outras pessoas (parentes, empregadas, escolinhas). Em contra partida a sociedade cresceu e com elas veio a violência, a insegurança tão grandes que impediram que as pessoas pudessem viver suas fases de infância como seus pais o fizeram, brincando na rua com tranqüilidade, deslizando em carrinhos de lomba, jogando bolitas, brincando de esconder, jogando bola, conversando com os amigos. Hoje, todos vivem cercados por grades, mantendo um contato virtual, com jogos eletrônicos constantemente. Os pais ficam muito tempo no trabalho, quando chegam, já cansados, jantam, assistem um pouco de televisão e se preparam para o merecido descanso e mais uma jornada. Será que lembraram de ter uma conversinha com os filhos? Aquela conversa sobre respeito, o que é certo e errado aonde foi parar?Como foi seu dia na escola?  Assim passam-se os dias e quando percebem os filhos cresceram.E muitos cresceram sem limites, sem educação. Na sala de aula a agitação é intensa, os professores ficam esgotados solicitando o tão esperado silêncio para poder propor as atividades do dia. Na fila vê-se muitos empurrões, alunos gritando, a dificuldade da disciplina. Mas afinal, não podemos esquecer  que as crianças,praticamente, só tem contato com outras crianças na escola e fica difícil controlar a emoção de querer brincar e ter que ficar quieto estudando. Para muitas famílias existe um pensamento errôneo e distorcido de acreditar que cabe aos professoresa a função de educar. Para os adolescentes além de estar agregado o fator distância do outro, estão as mudanças internas e externas que estão vivendo, com lutos de infância, um corpo que se diferencia a cada dia, agitando-os ainda mais. Entretanto, apesar de toda esta confusão, pois, diga-se de passagem, não é fácil controlar toda esta situação, constata-se que professores que desenvolvem o vínculo nas suas aulas tem maior chance de alcançarem seus objetivos. Observa-se o brilho dos olhos dos alunos quando o professor começa a relatar fatos que vivenciou. As pessoas têm sede de histórias, de contato humano. É fundamental que os professores solicitem aos alunos que peçam aos pais para relatarem fatos que viveram ao longo de suas vidas nas atividades sugeridas, além de tornar a atividade mais interessante, é uma forma de aproximar as famílias de seus filhos, fazendo com que aprendam a valorizar tudo o que conquistaram, bem como a começarem a desenvolver seus projetos de vida. O diálogo, os laços de confiança e de companheirismo necessitam ser desenvolvidos tanto em casa, quanto na escola. Os professores que se permitirem tal aproximação não perderão o respeito de seus alunos, pelo contrário, serão admirados por estes, bem como os pais também. Vivemos uma época em que as pessoas necessitam sentir que estão junto com outras pessoas que as admiram, que estão ali para construírem juntas, apontar observações que as farão crescer também. É claro que não se podem descartar as situações especiais que toda escola tem e que necessitam um acompanhamento especializado, muitas vezes com medicação. Trabalhos envolvendo o corpo, momentos de troca na sala de aula, onde os alunos aprendam a ouvir a opinião dos colegas são de suma importância para auxiliar a todos. Atualmente temos muitas famílias, cujos pais apenas residem na mesma casa, mas que no fundo não conhecem sequer as características dos filhos. Cabe lembrar também o quanto as crianças se sentem esquecidas, quando na hora que todos os colegas vão para casa com seus pais, têm aquelas famílias que depois de muito tempo (por algum imprevisto ou outra situação) virão buscar seus filhos na escola. Muitos choram sentindo-se desamparados, por mais que contem com as pessoas que atuam na equipe da escola. Pai e mãe são insubstituíveis, o amor destas pessoas então, nem se fala. Nada como o aconchego  da casa da gente, naquele momento em que todos estão cansados e com necessidade de ter a certeza de que pertencem aquele lar, dar uma boa gargalhada, um abraço e que tal,  contar uma história de quando os pais eram crianças?
Vera Regina C. Magnaguagno-
                                                                     Or.Educacional e Psicopedagoga
                                                                                                                                                             


        

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO e HIPERATIVIDADE

Eis aqui algumas informações importantes a serem observadas nas pessoas que apresentam essa situação. Saliento que nem todo indivíduo que apresenta o déficit de atenção, necessariamente será hiperativo. Alguns apresentam as duas situações, outros não. As fontes de consulta estão devidamente postadas também.



TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH)

a)O que é?
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio biopsicossocial caracterizado por inúmeros problemas relacionados com a falta de atenção e impulsividade.
 O TDAH interfere na habilidade da pessoa de manter a atenção- especialmente em tarefas repetitivas- de controlar adequadamente as emoções e o nível de atividade, de enfrentar conseqüências consistentemente e, principalmente, de agir sob o domínio do impulso, sem que haja tempo para o autocontrole. Pessoas com TDAH até podem saber o que deve ser feito, mas não conseguem fazer aquilo que sabem devido à inabilidade de realmente poder parar e pensar antes de reagir. Não importando o ambiente ou tarefa, agem pelo impulso, sem conseguir pensar nas conseqüências da ação.

 b) Principais características:
  1. Tipo desatento.
a) Dificuldade em manter atenção.
b) Não enxerga detalhes ou faz erros  por falta de cuidado.
c) Parece não ouvir.
d) Dificuldade em seguir instruções.
e) Dificuldade na organização.
f) Evita/ não gosta  de tarefas que exijam um esforço mental prolongado
g) Freqüentemente perde os objetos necessários  uma atividade.
h) Distrai-se com facilidade.
i)  Esquecimento  nas atividades diárias.

2.Tipo hiperativo/impulsivo.
a)     Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira.
b)    Dificuldade em permanecer sentado.
c)     Corre sem destino ou sobe nas coisas, excessivamente.
d)    Dificuldade em engajar-se numa atividade, silenciosamente.
e)     Fala excessivamente.
f)     Responde a perguntas antes de serem formuladas.
g)    Age como se fosse movido a motor.
h)     Dificuldade em esperar a  sua vez.
i)      Interrompe e se intromete.

3.Tipo combinado
a)     Caracterizado pela criança que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.

4.Tipo não especificado
a) A criança apresenta algumas características , mas um número insuficiente de sintomas para se chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária da criança.           
            Se a pessoa estiver apresentando no mínimo seis das características apresentadas nos tipos 1 e 2, ou, ainda, as características citadas nos tipos 3 e 4, é aconselhável procurar um profissional especializado para realizar uma avaliação minuciosa.

c)Causas
            O Transtorno de Déficit de Atenção está relacionado ao desajuste dos neurotransmissores, reguladores de atividades dos mecanismos da atenção e da concentração.  Existem casos avaliados por médicos e psicólogos, em que os pacientes apresentam  sintomas de hiperatividade quando estão presentes problemas ligados a fatores ambientais e sociais.  A genética é o fator básico na determinação do surgimento dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção. A incidência é maior no sexo masculino.

     d) Conseqüências
            Geralmente, o transtorno é diagnosticado  pela primeira vez durante as primeiras séries, quando o ajustamento à escola está comprometido. Enquanto isso não ocorre, a criança poderá sofrer as seguintes, conseqüências.

a)      Ser rotulada de bagunceira, desorganizada, desordeira, barulhenta, sem capacidade para estudar, preguiçosa, etc.
b)      Dificuldades em fazer amigos, sendo uma criança que atrapalha as aulas, não pára, não ouve, não obedece, e, algumas vezes, é agressiva, acabando por ser rejeitada pelas outras crianças.
c)      Baixar sua auto-estima, pois apesar de ser uma  criança com potencial, não consegue aprender satisfatoriamente o que lhe é proposto e não consegue ter amigos; então, se sente desvalorizada e diferente das outras crianças.
d)      Mudanças regulares de turmas, professores e até de colégios.
e)      Dificuldade para o aprendizado e até repetências.
f)       Emocional abalado por não entender o que acontece com ela, pelas rejeições, e por não conseguir aprender como as outras crianças.

Fonte: Por que meu filho não aprende?
Cristiane Cador Sana –Editora Eko


Dicas gerais aos pais


1.Pensar antes de agir
Não esqueça de que você é o modelo de identificação de seu filho, o bom senso tem de prevalecer. É difícil pedir para  ele pensar antes de agir se você age antes de pensar.

2.Use o reforço positivo antes da punição
Frente a um comportamento indesejado, como a constante dificuldade. Procure exercitar a capacidade de antecipação de problemas. Frente a uma situação potencialmente complicada, como a hora de estudos, antecipe o que você acha que vai ocorrer.
Por exemplo, que ele vai rapidamente se desinteressar pela tarefa proposta, dispersar-se com outros estímulos (como a televisão ligada), ou ficar “viajando” nos pensamentos. Antes de iniciar a tarefa, discuta com ele o que ele acha que irá acontecer. Incentive que participe na decisão sobre as estratégias que irão ser implementadas. Quanto tempo ele acha que necessitará para acabar a tarefa proposta, onde ela deve ser feita, se a televisão deverá ou não ficar ligada, ou que tipo de reforço positivo pode ser oferecido, caso ele consiga cumprir o que foi determinado. A idéia é que vocês estão formando uma equipe para enfrentar as dificuldades e não a de que estão jogando uma partida em lados opostos. Qualquer time define a estratégia de jogo antes de a partida começar. Para isso, antecipa os problemas e dificuldades que irá enfrentar.

3.Estabeleça uma comunicação clara e eficiente
Seguindo o exemplo da partida, as regras do jogo devem estar claras para os participantes. Estabeleça de forma clara os  limites toleráveis para o comportamento do seu filho. As instruções devem ser passadas e os pedidos feitos um a um e relembrados sempre que possível. Um cartaz auxilia bastante ou um quadro onde se coloque as regras mínimas de funcionamento, de forma clara, bem como as instruções de cada dia.


4.Proporcione uma atividade física regular para o seu filho
A atividade física regular é fundamental para qualquer criança. É mais importante ainda naquelas com este Transtorno, especialmente quando os sintomas de hiperatividade são mais intensos. Escolha atividades e jogos nos quais ela possa aprender e conviver com regras e limites. Esta é uma oportunidade de ela gastar energias de uma forma produtiva!


ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS PARA O MANEJO DE COMPORTAMENTOS


1.PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES FUTURAS

            Crianças com TDAH têm muita dificuldade para o planejamento de atividades futuras. É comum que subestimem o tempo necessário para o desenvolvimento da tarefa específica, em especial se ela não for de interesse imediato para a criança. Seguidamente, ao receberem a data de uma prova não conseguem estabelecer um planejamento de estudo para a mesma.
            Uma estratégia que se tem mostrado bastante eficaz para lidar com este problema é a de construção de um calendário semanal de atividades de estudo. Em primeiro lugar, construa um calendário contendo todos os dias da semana com a criança ou adolescente. Isso pode ser feito com uma folha de cartolina, em um quadro. É importante que o calendário fique no quarto da criança em local visível. No domingo à tarde ou à noite, antes de iniciar a semana, sente com a criança. Estabeleça com ela um período diário de estudo de no mínimo 30 minutos e de no máximo uma hora de segunda a sexta-feira. Duas coisas são importantes nessa combinação:
a)     Em cada dia da semana, o horário de estudos pode variar de acordo com os outros compromissos da criança, mas deve ser estabelecido previamente no domingo para cada dia da semana; assim, na segunda-feira, pode ser, numa determinada hora e na terça em outra, a família programa junto com a criança ou adolescente;
b)    Deixe a criança escolher o horário que parecer melhor. É importante que ela participe ativamente deste exercício de planejamento. Estabelecidos os horários de estudo, é fundamental que eles sejam mantidos e não renegociados a cada dia. Isso irá ajudá-la a  desenvolver um planejamento previsível de atividades. Ainda no domingo, peça que a criança ou adolescente escolha uma matéria que irá ser estudada ou revisada para cada dia, levando em conta os trabalhos e provas daquela semana. A partir disso, construa com ela o calendário de atividades da semana. Por exemplo, na segunda, das 14 às 15h, estudará português; na terça-feira, das 17 às 18h, será matemática, porque na quarta ela terá prova; e assim por diante. No canto do calendário, ela deve colocar os dias de prova e entrega de trabalhos para a semana. Procure providenciar que algum adulto possa estar presente em casa nos horários diários escolhidos. É importante que ela possa contar com alguém se tiver dificuldades com a tarefa, ou para organizar-se. Lembre-a do horário de início a cada dia. Combine com ela um reforço positivo para cada dia que ela conseguir seguir a combinação feita (pode ser um passeio, um programa na televisão,  um horário para jogar videogame ou alguma atividade extra com você, na medida que o programa estiver em andamento. Com adolescentes o reforço positivo pode ser semanal e não diário.  No dia em que a criança não conseguir estudar no horário proposto, evite barganhas e bate-bocas intermináveis. Assinale para ela que não conseguiu cumprir o combinado e que, portanto, não terá direito ao reforço positivo daquele dia. Demonstre sua confiança de que no dia seguinte ela irá conseguir.

ATENÇÃO SUSTENTADA

      As crianças e adolescentes com o Transtorno têm  muita dificuldade em manter a atenção em uma tarefa por um período longo, especialmente se não lhe parece atrativa. É por essa razão que enfatizamos um horário de estudos diário de no máximo uma hora no programa descrito anteriormente. Quanto menor a criança menor deve ser o período de tempo exigido em uma atividade. Se necessário, divida o tempo de estudo diário em dois horários intercalados por um período livre. Os pais, com freqüência, mobilizados pela irritação e frustração de verem a criança não cumprir as combinações de estudo, optam por colocá-las de castigo, estudando horas a fio. Isso normalmente é ineficaz e transforma o estudo em algo ainda mais desprazeroso.

ATENÇÃO FOCALIZADA


O ambiente de estudo ser o mais quieto possível, longe de estímulos que possam incentivar a sua distração, como a televisão ligada ou uma janela de frente para a rua, onde outras crianças estão brincando. Não se esqueça de que o local de estudo deve ser bem iluminado e arejado.

COMPORTAMENTO HIPERATIVO E/OU IMPULSIVO


A melhor  estratégia para lidar com a hiperatividade e a impulsividade destas crianças e adolescentes baseia-se no princípio geral já discutido de reforço positivo para o comportamento esperado. Estimule constantemente a criança a parar e pensar em soluções alternativas frente a uma situação-problema.

Fonte de consulta: Transtorno de Déficit de Atenção-Hiperatividade
                               O que é? Como ajudar?
Autores: Luís Augusto P. Rohde e Edyleine B.P. Benczik
Editora: Artes Médicas