Bom, o jeitinho da Vera consiste naquele jeito super autêntico de viver a vida. Podendo dizer tudo o que vem à cabeça, porém sabendo ter um toque especial, a fim de fazer com que as pessoas consigam refletir a respeito das suas atitudes e percebendo que elas são valorizadas e ouvidas ao mesmo tempo.
domingo, 18 de março de 2012
O CUIDADO COM OS MANDATOS ESTABELECIDOS
Assunto:
Educacao
sábado, 17 de março de 2012
DICAS PARA PAIS E PROFS. LIDAREM COM CRIANÇAS QUE TEM DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO
Observar é a alma do negócio. Se sabemos que temos uma criança com DDA, é imprescindível fazermos o seguinte:
1)Essa criança precisa sentar-se bem na frente, próximo ao professor.
2)Ao elaborar atividades em folhinhas, cuide para que o número de exercícios não seja extenso. Muitas vezes o mesmo número (10 exercícios por exemplo, que uma criança que não tenha dificuldade de concentração consegue resolver com tranquilidade), para aquele que se distrai é mais interessante que receba 5 exercícios de tipos diferentes, ao invés de aprender por repetição fazendo os 10 exercícios parecidos de adição por exemplo. O importante é que a criança sinta-se com capacidade de realizar o que lhe é proposto. O número elevado de questões, lhe deixa atrapalhada ao elaborar o raciocínio. Vale a pena separar os exercícios em etapas, dando 1 de cada vez, para não deixar a criança com vários na mesma folha sem saber onde os desenvolver. Separar em um tipo por folha facilita (exemplo:atividades de adição sem transporte (5+4) também é uma idéia a ser considerada, mas é preciso entregar uma folha por vez, para não assustar a criança com um bloco de folhas.À medida que ela for realizando vai recebendo as demais. Importante: o ritmo de cada criança é único e próprio. Numa próxima é interessante, que, conforme o prof. for percebendo, oferecer exercícios que tenham desafios maiores, apresentando cálculos com transporte, por exemplo.
Exercícios de adição e subtração são aconselhados a serem feitos em páginas diferentes, pois pode desorganizar o pensamento no primeiro momento.
3) Assim também acontece na hora de escrever ou ler histórias. É interessante que o professor sempre dê à criança a oportunidade de ler antes sozinha, apenas com os olhos, leitura silenciosa para se apropriar do que o texto aborda. Não se sentir sendo pega de surpresa. Sabemos que a criança com déficit tem inteligência, o que ela ainda não consegue é ter o grau de concentração por um tempo maior. A faixa etária também influencia muito nessa questão. Sua produção textual nem sempre será grande, com um número X de linhas. O fundamental é que o que conseguir produzir tenha qualidade e coesão.
4)Atenção à quantidade de exercícios propostos de tema: é necessário pensar que as atividades organizadas para serem feitas em casa, precisam ser feitas pela criança, sem cansá-la. O número excessivo de temas gera desmotivação e acaba sendo feito pelos pais, mudando o foco de quem de fato precisa fixar o conteúdo desenvolvido. Caderno cheio não é sinônimo de aprendizagem.
5)Cuidado com as expressões: "desatenta", "descomprometida"," não pensa", "não se concentra", "não pára". Existem crianças que acabam apresentando características do déficit de atenção em função de ouvirem com tanta frequencia que são assim, criando um perfil e acreditando que funcionam assim mesmo. Por isso é tão importante que essas falas sejam repensadas, especialmente pelos adultos, que estão no entorno, pois as crianças observam e vão assimilando comportamentos de acordo com as caracterísitcas que o adulto espera.
6)A questão do déficit precisa ser bastante analisada. Muitas crianças são identificadas como portadoras do déficit sem ter sido observadas por pelo menos 6 meses, saber se tem mais pessoas na família com as mesmas características.Nem sempre é caso de necessidade de medicação. As vezes é apenas situação de manejo e fundo emocional. O crédito atribuído ao potencial da criança é fundamental nessa construção da autoimagem.
7)Para crianças que estão aprendendo a escrever, o ato de soletrar facilita muito o significado da compreensão da escrita, eles vão se dando conta e os olhinhos brilham identificando as letras que precisam colocar.
8)Trabalhar as crianças a respeito da importancia de respeitar a todos os colegas é fundamental. Todos têm capacidade de vencer, porém cada um tem o seu tempo.
9)Organização é imprescindível para crianças com déficit. Ter uma rotina que organize cada momento é necessário.
10)Quando a criança mostra agenda para a família, muitas vezes o responsável diz: "deixa aí, que depois eu olho." Essa fala deixa a impressão para a criança de que os fatos referentes à ela não tem grande importância. Por isso, saliento, que as famílias procurem olhar com atenção e carinho as observações colocadas tanto no caderno, quanto na agenda do filho.
1)Essa criança precisa sentar-se bem na frente, próximo ao professor.
2)Ao elaborar atividades em folhinhas, cuide para que o número de exercícios não seja extenso. Muitas vezes o mesmo número (10 exercícios por exemplo, que uma criança que não tenha dificuldade de concentração consegue resolver com tranquilidade), para aquele que se distrai é mais interessante que receba 5 exercícios de tipos diferentes, ao invés de aprender por repetição fazendo os 10 exercícios parecidos de adição por exemplo. O importante é que a criança sinta-se com capacidade de realizar o que lhe é proposto. O número elevado de questões, lhe deixa atrapalhada ao elaborar o raciocínio. Vale a pena separar os exercícios em etapas, dando 1 de cada vez, para não deixar a criança com vários na mesma folha sem saber onde os desenvolver. Separar em um tipo por folha facilita (exemplo:atividades de adição sem transporte (5+4) também é uma idéia a ser considerada, mas é preciso entregar uma folha por vez, para não assustar a criança com um bloco de folhas.À medida que ela for realizando vai recebendo as demais. Importante: o ritmo de cada criança é único e próprio. Numa próxima é interessante, que, conforme o prof. for percebendo, oferecer exercícios que tenham desafios maiores, apresentando cálculos com transporte, por exemplo.
Exercícios de adição e subtração são aconselhados a serem feitos em páginas diferentes, pois pode desorganizar o pensamento no primeiro momento.
3) Assim também acontece na hora de escrever ou ler histórias. É interessante que o professor sempre dê à criança a oportunidade de ler antes sozinha, apenas com os olhos, leitura silenciosa para se apropriar do que o texto aborda. Não se sentir sendo pega de surpresa. Sabemos que a criança com déficit tem inteligência, o que ela ainda não consegue é ter o grau de concentração por um tempo maior. A faixa etária também influencia muito nessa questão. Sua produção textual nem sempre será grande, com um número X de linhas. O fundamental é que o que conseguir produzir tenha qualidade e coesão.
4)Atenção à quantidade de exercícios propostos de tema: é necessário pensar que as atividades organizadas para serem feitas em casa, precisam ser feitas pela criança, sem cansá-la. O número excessivo de temas gera desmotivação e acaba sendo feito pelos pais, mudando o foco de quem de fato precisa fixar o conteúdo desenvolvido. Caderno cheio não é sinônimo de aprendizagem.
5)Cuidado com as expressões: "desatenta", "descomprometida"," não pensa", "não se concentra", "não pára". Existem crianças que acabam apresentando características do déficit de atenção em função de ouvirem com tanta frequencia que são assim, criando um perfil e acreditando que funcionam assim mesmo. Por isso é tão importante que essas falas sejam repensadas, especialmente pelos adultos, que estão no entorno, pois as crianças observam e vão assimilando comportamentos de acordo com as caracterísitcas que o adulto espera.
6)A questão do déficit precisa ser bastante analisada. Muitas crianças são identificadas como portadoras do déficit sem ter sido observadas por pelo menos 6 meses, saber se tem mais pessoas na família com as mesmas características.Nem sempre é caso de necessidade de medicação. As vezes é apenas situação de manejo e fundo emocional. O crédito atribuído ao potencial da criança é fundamental nessa construção da autoimagem.
7)Para crianças que estão aprendendo a escrever, o ato de soletrar facilita muito o significado da compreensão da escrita, eles vão se dando conta e os olhinhos brilham identificando as letras que precisam colocar.
8)Trabalhar as crianças a respeito da importancia de respeitar a todos os colegas é fundamental. Todos têm capacidade de vencer, porém cada um tem o seu tempo.
9)Organização é imprescindível para crianças com déficit. Ter uma rotina que organize cada momento é necessário.
10)Quando a criança mostra agenda para a família, muitas vezes o responsável diz: "deixa aí, que depois eu olho." Essa fala deixa a impressão para a criança de que os fatos referentes à ela não tem grande importância. Por isso, saliento, que as famílias procurem olhar com atenção e carinho as observações colocadas tanto no caderno, quanto na agenda do filho.
Assunto:
Educacao
segunda-feira, 12 de março de 2012
Orientações para o uso dos cadernos e para organizar os materiais:
Oi, pessoal! Escrevi essas dicas de tanto observar essas "falhas" na organização dos alunos, penso que serão úteis para todos. Abraços. Vera Magnaguagno
1. Identificação-Coloque o nome
completo, a turma e a disciplina na capa, bem como o horário semanal das aulas
(Isso facilitará no momento de organizar a pasta). Em
caso de extravio do material, fica fácil a devolução dos mesmos.
2. Datas das aulas:
coloque diariamente a data da aula, fazendo um roteiro do trabalho desenvolvido
em cada disciplina. Dessa forma, você lembrará do que foi realizado em cada dia,
mesmo que o professor não utilize o quadro.
Exemplo: * Oração
* Trabalho sobre o livro
interativo
*Correção dos exercícios do
livro-texto (pág. 48 a 51)
3. Espaços
entre os exercícios:
Ao
copiar do quadro fique atento para:
a)deixar uma linha em branco entre o enunciado do
exercício e a atividade a ser realizada.
b)evitar escrever o enunciado com canetinha, mesmo
que seja amarela (dificulta para ler) e passa para o outro lado da página.
c)fazer uma separação entre um exercício e outro, cuidar
para ser com lápis de cor. Se o fizer com canetinha, que seja uma linha fina,
pois passa na folha para o outro lado, impedindo que use a parte de trás.
4. Aproveitamento das folhas:
os espaços das folhas do caderno devem ser bem aproveitados; deve-se usar toda
a folha, sem deixar muitos espaços em branco e sem emendar uma atividade na
outra.
Não se deve ocupar os espaços da folha com
desenhos que não estejam relacionados ao conteúdo ali anotado. Um caderno com
orelhas, riscado, rasurado ou rasgado demonstra falta de organização e
capricho.
5. Separação das disciplinas:
você deve usar um caderno para cada disciplina ou uma divisão do caderno
universitário (caso o professor tenha combinado assim). Não misture as
anotações de várias matérias no mesmo caderno, pois ele fica desorganizado e
você terá dificuldade para encontrar o que anotou quando precisar.
6. Redações-
Colocar o título e deixar uma linha em branco para começar a escrever o texto,
lembrando sempre da existência do parágrafo. Ao escrever números em redações
(um, dois, três, etc.) precisam aparecer por extenso e não o algarismo (1, 2,
3,etc.).
7. Espaço
para cálculos- Ao realizar atividades em matemática, seja
no caderno, provas, ou em trabalhos, cuidar para deixar reservado ao lado da folha um espaço específico para os
cálculos (pode fazer uma linha com a régua ou a mão), separando o espaço, a fim
de não misturar tudo e facilitar a compreensão do exercício que está sendo
realizado.
Procurar fazer passo a passo os exercícios de
matemática, dessa forma dificilmente haverá erro por falta de atenção, ou
esquecimento de alguma parte do cálculo.
8. Páginas do livro- Ao copiar do quadro
as atividades que precisam ser feitas no livro, não esquecer de colocar as páginas onde estão estas atividades.
Realizar as atividades no livro de preferência usando lápis.
9. Data e roteiro-
Copiar sempre o roteiro da aula, bem como a data na qual foi desenvolvida a
mesma.
10.Colagem das folhas:
se você precisar colar folhas, dobre-as para que fiquem um pouco menores do que
o tamanho do caderno; evite fazer dobraduras que o impeçam de usar a página
seguinte. Não exagere na cola para que as páginas não grudem. É
aconselhável que use cola bastão.
11. Datas de
provas e trabalhos- fazer em letras graúdas, de preferência observando para
que tenha um destaque no caderno, pode contornar em volta, lembrando sempre de
escrever a data (dia e mês), o conteúdo que será estudado para os mesmos. Nunca
registrar datas de provas e trabalhos em espaço pequeno, com letra miúda. Fazer
com que chame a atenção.
12. Letra
legível: a
sua letra deve ser legível e caprichada; evite rasuras, riscos, uso de
corretivo.
13. Uso de
letras maiúsculas: use letras maiúsculas no início das
frases e em nomes próprios.
14.Destaque para
informações importantes: para
facilitar a leitura, use caneta azul ou preta e reserve o uso das coloridas ou
marca-texto para os destaques a serem dados às suas anotações.
15.Anotações de
esquemas: você pode e deve anotar as explicações e os
comentários feitos pelo professor. Faça esquemas, copie os exemplos citados,
faça resumos do que foi visto em cada aula.
16. Antecedência
para organizar o material: É importante que a organização aconteça com
antecedência. Por exemplo, se tem aula pela manhã, na tarde anterior é
necessário ver o que precisará ser levado, nunca deixar para a última hora. A
colaboração da família é fundamental no andamento desse processo.
Vera Magnaguagno-Pedagoga,
Or.Educacional e Psicopedagoga
SEU FILHO ESTÁ SOFRENDO BULLYING? COMO SABER E AJUDAR?
Seu
filho está sofrendo Bullying? Como saber
e ajudar?
Mas afinal, o que é o
bulllying? É toda situação causada por um colega cuja intenção é colocar
apelidos, sacanear, humilhar, assediar, amedrontar, ofender, mandar, causar
medo, perseguir.
É importante que pais e
professores saibam perceber que o bullying pode estar acontecendo com a criança
ou adolescente. A observação do comportamento do aluno que está sofrendo o
bullying é fundamental, até mesmo para identificar o causador e acabar com esta
situação. A pessoa que sofre tende a ficar angustiada, desencadeando dores
emocionais e/ou físicas, gera sofrimento psíquico, sente-se excluída, passa a
se isolar e chega a ponto de querer sair da escola. Ao constatar estas
situações converse com seu filho, procure identificar o que está fazendo ele
ficar tão aborrecido, muitas vezes chorando para não retornar ao ambiente
escolar. Depois desta conversa, procure os profissionais da escola e relate os
fatos, a fim de auxiliar a resolver esta situação o quanto antes. Pode
acontecer também o contrário, isto é, os professores observarem uma mudança de
comportamento e chamarem a família para verificar e lhes pontuarem o que estão
notando. É importante fazer a criança relatar o que está acontecendo, por qual
motivo anda tão aborrecido, isolado. Este é um trabalho que necessita muito do
olhar de todos que estão próximos do aluno a fim de ajuda-lo, acima de tudo.
As pessoas geradoras de bulllying tendem a ser
aquelas que são acostumadas a terem suas vontades atendidas, a sensação de
poder lhes concede conforto, nas suas casas de alguma forma sofrem
intimidações, sendo vistas como bode expiatório, podem ter sido vítimas de
algum tipo de abuso, tendem a ser humilhadas pelos adultos, vivem muita pressão
para serem as melhores nas atividades que desenvolvem, precisam de muita ajuda
ao invés de serem punidas. Esta ajuda não significa passar a mão na cabeça e
considerar tudo tranqüilo, é fundamental que exista uma conversa franca,
pontuando tudo o que gerou e que não é desta forma que se conquista lugares na sociedade,
querendo ser o popular. Geralmente observa-se que pessoas muito mimadas
tornam-se agressivas quando suas vontades não são atendidas. Naquelas famílias
cujos pais são violentos, existe a falsa idéia de educação, onde estão
ensinando seus filhos a serem também violentos. A criança aprende assim a
interpretar que a violência é o único recurso para vencer qualquer
contrariedade. É muito séria esta questão e a cada dia percebe-se que o índice
aumenta nos colégios. O afeto, a coerência das ações dos pais, e da escola
auxiliarão profundamente na mudança dos indivíduos. Um ser humano que
desenvolve auto-estima de forma normal, sem ser influenciado pela violência
aceita que os colegas tenham suas amizades, seus valores, suas características
sem necessidade de incomodá-los. Os professores necessitam estar constantemente
atentos ao comportamento dos alunos, principalmente, porque se percebe a
mudança no seu olhar, na sua atitude. Informar os setores, colocar a situação,
comunicar as famílias. Pais, coordenações e professores precisam estar atentos
inclusive ao que está nos sites
(Ciberbullying), pois a internet é outro ponto escolhido para tal prática. É
fundamental que os praticantes de bullying se retratem diante das pessoas que
machucaram, desfazendo o mal que causaram e evitando novas situações. O
atendimento com profissional especializado auxilia a dar um fim na situação,
fazendo o indivíduo tomar consciência dos seus atos evitando assim que o
problema se repita.
Vera Regina C.
Magnaguagno-
Or.Educacional
e Psicopedagoga
E-mail:
veracema@brturbo.com.br
POR QUE OS ALUNOS DE HOJE SÃO MAIS AGITADOS?
Esse texto é de minha autoria e já foi publicado no Jornalzinho da Criança. Penso que será de grande utilidade para uma reflexão, inclusive em reuniões de pais. Espero que gostem. Gostaria muito de ler as observações dos leitores,elas contribuem bastante para que a gente possa ajudá-los no seu dia-a-dia. Abraços. Vera M
Por que os alunos de hoje são mais agitados?
Com freqüência escuto de professores
a constante preocupação em descobrir quais os motivos que levam os alunos a
serem mais agitados atualmente. Por que não conseguem se controlar? Falam
constantemente, são inquietos, parece não perceberem a presença do professor entrando
na aula.
O que está por trás disso?
Parando para uma reflexão mais profunda começamos a
nos dar conta de que as crianças atualmente, bem como adolescentes e até mesmo
adultos, tem sede de contato humano. De um lado temos uma nova constituição familiar,
onde os membros pouco se falam, trabalham muito e os filhos são criados
sozinhos ou por outras pessoas (parentes, empregadas, escolinhas). Em contra
partida a sociedade cresceu e com elas veio a violência, a insegurança tão grandes que
impediram que as pessoas pudessem viver suas fases de infância como seus pais o
fizeram, brincando na rua com tranqüilidade, deslizando em carrinhos de lomba,
jogando bolitas, brincando de esconder, jogando bola, conversando com os
amigos. Hoje, todos vivem cercados por grades, mantendo um contato virtual, com
jogos eletrônicos constantemente. Os pais ficam muito tempo no trabalho, quando
chegam, já cansados, jantam, assistem um pouco de televisão e se preparam para
o merecido descanso e mais uma jornada. Será que lembraram de ter uma
conversinha com os filhos? Aquela conversa sobre respeito, o que é certo e
errado aonde foi parar?Como foi seu dia na escola? Assim passam-se os dias e quando percebem os
filhos cresceram.E muitos cresceram sem limites, sem educação. Na sala de aula
a agitação é intensa, os professores ficam esgotados solicitando o tão esperado
silêncio para poder propor as atividades do dia. Na fila vê-se muitos
empurrões, alunos gritando, a dificuldade da disciplina. Mas afinal, não
podemos esquecer que as crianças,praticamente,
só tem contato com outras crianças na escola e fica difícil controlar a emoção
de querer brincar e ter que ficar quieto estudando. Para muitas famílias existe um pensamento errôneo e distorcido de acreditar que cabe aos professoresa a função de educar. Para
os adolescentes além de estar agregado o fator distância do outro, estão as
mudanças internas e externas que estão vivendo, com lutos de infância, um corpo
que se diferencia a cada dia, agitando-os ainda mais. Entretanto, apesar de
toda esta confusão, pois, diga-se de passagem, não é fácil controlar toda esta
situação, constata-se que professores que desenvolvem o vínculo nas suas aulas
tem maior chance de alcançarem seus objetivos. Observa-se o brilho dos olhos
dos alunos quando o professor começa a relatar fatos que vivenciou. As pessoas
têm sede de histórias, de contato humano. É fundamental que os professores
solicitem aos alunos que peçam aos pais para relatarem fatos que viveram ao
longo de suas vidas nas atividades sugeridas, além de tornar a atividade mais interessante,
é uma forma de aproximar as famílias de seus filhos, fazendo com que aprendam a
valorizar tudo o que conquistaram, bem como a começarem a desenvolver seus
projetos de vida. O diálogo, os laços de confiança e de companheirismo
necessitam ser desenvolvidos tanto em casa, quanto na escola. Os professores
que se permitirem tal aproximação não perderão o respeito de seus alunos, pelo
contrário, serão admirados por estes, bem como os pais também. Vivemos uma
época em que as pessoas necessitam sentir que estão junto com outras pessoas
que as admiram, que estão ali para construírem juntas, apontar observações que
as farão crescer também. É claro que não se podem descartar as situações
especiais que toda escola tem e que necessitam um acompanhamento especializado,
muitas vezes com medicação. Trabalhos envolvendo o corpo, momentos de troca na
sala de aula, onde os alunos aprendam a ouvir a opinião dos colegas são de suma importância para auxiliar a todos. Atualmente temos
muitas famílias, cujos pais apenas residem na mesma casa, mas que no fundo não
conhecem sequer as características dos filhos. Cabe lembrar também o quanto as
crianças se sentem esquecidas, quando na hora que todos os colegas vão para
casa com seus pais, têm aquelas famílias que depois de muito tempo (por algum
imprevisto ou outra situação) virão buscar seus filhos na escola. Muitos choram
sentindo-se desamparados, por mais que contem com as pessoas que atuam na
equipe da escola. Pai e mãe são insubstituíveis, o amor destas pessoas então,
nem se fala. Nada como o aconchego da casa da gente, naquele momento em que todos
estão cansados e com necessidade de ter a certeza de que pertencem aquele lar,
dar uma boa gargalhada, um abraço e que tal,
contar uma história de quando os pais eram crianças?
Vera
Regina C. Magnaguagno-
Or.Educacional
e Psicopedagoga
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO e HIPERATIVIDADE
Eis aqui algumas informações importantes a serem observadas nas pessoas que apresentam essa situação. Saliento que nem todo indivíduo que apresenta o déficit de atenção, necessariamente será hiperativo. Alguns apresentam as duas situações, outros não. As fontes de consulta estão devidamente postadas também.
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE
ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH)
a)O
que é?
O Transtorno de
Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio biopsicossocial
caracterizado por inúmeros problemas relacionados com a falta de atenção e impulsividade.
O TDAH interfere na habilidade da pessoa de
manter a atenção- especialmente em tarefas repetitivas- de controlar
adequadamente as emoções e o nível de atividade, de enfrentar conseqüências
consistentemente e, principalmente, de agir sob o domínio do impulso, sem que
haja tempo para o autocontrole. Pessoas com TDAH até podem saber o que deve ser
feito, mas não conseguem fazer aquilo que sabem devido à inabilidade de
realmente poder parar e pensar antes de reagir. Não importando o ambiente ou
tarefa, agem pelo impulso,
sem conseguir pensar nas conseqüências da ação.
b) Principais características:
- Tipo desatento.
a) Dificuldade em
manter atenção.
b) Não enxerga
detalhes ou faz erros por falta de
cuidado.
c) Parece não ouvir.
d) Dificuldade em
seguir instruções.
e) Dificuldade na
organização.
f) Evita/ não
gosta de tarefas que exijam um esforço
mental prolongado
g) Freqüentemente
perde os objetos necessários uma
atividade.
h) Distrai-se com
facilidade.
i) Esquecimento
nas atividades diárias.
2.Tipo hiperativo/impulsivo.
a)
Inquietação,
mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira.
b)
Dificuldade
em permanecer sentado.
c)
Corre
sem destino ou sobe nas coisas, excessivamente.
d)
Dificuldade
em engajar-se numa atividade, silenciosamente.
e)
Fala
excessivamente.
f)
Responde
a perguntas antes de serem formuladas.
g)
Age
como se fosse movido a motor.
h)
Dificuldade
em esperar a sua vez.
i)
Interrompe
e se intromete.
3.Tipo combinado
a) Caracterizado pela criança que apresenta os dois
conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.
4.Tipo não especificado
a) A criança apresenta algumas características , mas um número
insuficiente de sintomas para se chegar a um diagnóstico completo. Esses
sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária da criança.
Se
a pessoa estiver apresentando no mínimo seis das características apresentadas
nos tipos 1 e 2, ou, ainda, as características citadas nos tipos 3 e 4, é
aconselhável procurar um profissional especializado para realizar uma avaliação
minuciosa.
c)Causas
O
Transtorno de Déficit de Atenção está relacionado ao desajuste dos
neurotransmissores, reguladores de atividades dos mecanismos da atenção e da
concentração. Existem casos avaliados
por médicos e psicólogos, em que os pacientes apresentam sintomas de hiperatividade quando estão
presentes problemas ligados a fatores ambientais e sociais. A genética é o fator básico na determinação
do surgimento dos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção. A incidência é
maior no sexo masculino.
d) Conseqüências
Geralmente, o transtorno
é diagnosticado pela primeira vez
durante as primeiras séries, quando o ajustamento à escola está comprometido.
Enquanto isso não ocorre, a criança poderá sofrer as seguintes, conseqüências.
a)
Ser
rotulada de bagunceira, desorganizada, desordeira, barulhenta, sem capacidade
para estudar, preguiçosa, etc.
b)
Dificuldades em
fazer amigos, sendo uma criança que atrapalha as aulas, não pára, não ouve, não
obedece, e, algumas vezes, é agressiva, acabando por ser rejeitada pelas outras
crianças.
c)
Baixar sua auto-estima,
pois apesar de ser uma criança com
potencial, não consegue aprender satisfatoriamente o que lhe é proposto e não
consegue ter amigos; então, se sente desvalorizada e diferente das outras
crianças.
d)
Mudanças
regulares de turmas, professores e até de colégios.
e)
Dificuldade para
o aprendizado e até repetências.
f)
Emocional abalado
por não entender o que acontece com ela, pelas rejeições, e por não conseguir
aprender como as outras crianças.
Fonte: Por que
meu filho não aprende?
Cristiane Cador
Sana –Editora Eko
Dicas gerais aos pais
1.Pensar
antes de agir
Não esqueça de que você é o modelo de
identificação de seu filho, o bom senso tem de prevalecer. É difícil pedir
para ele pensar antes de agir se você
age antes de pensar.
2.Use
o reforço positivo antes da punição
Frente a um
comportamento indesejado, como a constante dificuldade. Procure exercitar a
capacidade de antecipação de problemas. Frente a uma situação potencialmente
complicada, como a hora de estudos, antecipe o que você acha que vai ocorrer.
Por exemplo, que ele
vai rapidamente se desinteressar pela tarefa proposta, dispersar-se com outros
estímulos (como a televisão ligada), ou ficar “viajando” nos pensamentos. Antes
de iniciar a tarefa, discuta com ele o que ele acha que irá acontecer.
Incentive que participe na decisão sobre as estratégias que irão ser
implementadas. Quanto tempo ele acha que necessitará para acabar a tarefa
proposta, onde ela deve ser feita, se a televisão deverá ou não ficar ligada,
ou que tipo de reforço positivo pode ser oferecido, caso ele consiga cumprir o
que foi determinado. A idéia é que vocês estão formando uma equipe para
enfrentar as dificuldades e não a de que estão jogando uma partida em lados
opostos. Qualquer time define a estratégia de jogo antes de a partida começar.
Para isso, antecipa os problemas e dificuldades que irá enfrentar.
3.Estabeleça
uma comunicação clara e eficiente
Seguindo
o exemplo da partida, as regras do jogo devem estar claras para os
participantes. Estabeleça de forma clara os
limites toleráveis para o comportamento do seu filho. As instruções
devem ser passadas e os pedidos feitos um a um e relembrados sempre que
possível. Um cartaz auxilia bastante ou um quadro onde se coloque as regras
mínimas de funcionamento, de forma clara, bem como as instruções de cada dia.
4.Proporcione
uma atividade física regular para o seu filho
A atividade física regular é fundamental para
qualquer criança. É mais importante ainda naquelas com este Transtorno,
especialmente quando os sintomas de hiperatividade são mais intensos. Escolha
atividades e jogos nos quais ela possa aprender e conviver com regras e
limites. Esta é uma oportunidade de ela gastar energias de uma forma produtiva!
ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS PARA O MANEJO DE COMPORTAMENTOS
1.PLANEJAMENTO
DE ATIVIDADES FUTURAS
Crianças com TDAH têm muita dificuldade para o
planejamento de atividades futuras. É comum que subestimem o tempo necessário
para o desenvolvimento da tarefa específica, em especial se ela não for de
interesse imediato para a criança. Seguidamente, ao receberem a data de uma
prova não conseguem estabelecer um planejamento de estudo para a mesma.
Uma
estratégia que se tem mostrado bastante eficaz para lidar com este problema é a
de construção de um
calendário semanal de atividades de estudo. Em primeiro lugar,
construa um calendário contendo todos os dias da semana com a criança ou
adolescente. Isso pode ser feito com uma folha de cartolina, em um quadro. É
importante que o calendário fique no quarto da criança em local visível. No domingo à tarde ou à noite,
antes de iniciar a semana, sente com a criança. Estabeleça com ela
um período diário de
estudo de no mínimo 30 minutos e de no máximo uma hora de segunda a
sexta-feira. Duas coisas são importantes nessa combinação:
a)
Em
cada dia da semana, o horário de estudos pode variar de acordo com os outros
compromissos da criança, mas deve ser estabelecido previamente no domingo para
cada dia da semana; assim, na segunda-feira, pode ser, numa determinada hora e
na terça em outra, a família programa junto com a criança ou adolescente;
b)
Deixe
a criança escolher o horário que parecer melhor. É importante que ela participe
ativamente deste exercício de planejamento. Estabelecidos os horários de
estudo, é fundamental que eles sejam mantidos e não renegociados a cada dia.
Isso irá ajudá-la a desenvolver um
planejamento previsível de atividades. Ainda no domingo, peça que a criança ou
adolescente escolha uma matéria que irá ser estudada ou revisada para cada dia,
levando em conta os trabalhos e provas daquela semana. A partir disso, construa
com ela o calendário de atividades da semana. Por exemplo, na segunda, das 14
às 15h, estudará português; na terça-feira, das 17 às 18h, será matemática,
porque na quarta ela terá prova; e assim por diante. No canto do calendário,
ela deve colocar os dias de prova e entrega de trabalhos para a semana. Procure
providenciar que algum adulto possa estar presente em casa nos horários diários
escolhidos. É importante que ela possa contar com alguém se tiver dificuldades
com a tarefa, ou para organizar-se. Lembre-a do horário de início a cada dia.
Combine com ela um reforço positivo para cada dia que ela conseguir seguir a
combinação feita (pode ser um passeio, um programa na televisão, um horário para jogar videogame ou alguma
atividade extra com você, na medida que o programa estiver em andamento. Com
adolescentes o reforço positivo pode ser semanal e não diário. No dia em que a criança não conseguir estudar
no horário proposto, evite barganhas e bate-bocas intermináveis. Assinale para
ela que não conseguiu cumprir o combinado e que, portanto, não terá direito ao
reforço positivo daquele dia. Demonstre sua confiança de que no dia seguinte
ela irá conseguir.
ATENÇÃO SUSTENTADA
As crianças e adolescentes com o Transtorno
têm muita dificuldade em manter a
atenção em uma tarefa por um período longo, especialmente se não lhe parece
atrativa. É por essa razão que enfatizamos um horário de estudos diário de no
máximo uma hora no programa descrito anteriormente. Quanto menor a criança
menor deve ser o período de tempo exigido em uma atividade. Se necessário,
divida o tempo de estudo diário em dois horários intercalados por um período
livre. Os pais, com freqüência, mobilizados pela irritação e frustração de
verem a criança não cumprir as combinações de estudo, optam por colocá-las de
castigo, estudando horas a fio. Isso normalmente é ineficaz e transforma o
estudo em algo ainda mais desprazeroso.
ATENÇÃO FOCALIZADA
O ambiente de estudo
ser o mais quieto possível, longe de estímulos que possam incentivar a sua
distração, como a televisão ligada ou uma janela de frente para a rua, onde
outras crianças estão brincando. Não se esqueça de que o local de estudo deve
ser bem iluminado e arejado.
COMPORTAMENTO HIPERATIVO E/OU IMPULSIVO
A melhor estratégia para lidar com a hiperatividade e
a impulsividade destas crianças e adolescentes baseia-se no princípio geral já
discutido de reforço positivo para o comportamento esperado. Estimule
constantemente a criança a parar e pensar em soluções alternativas frente a uma
situação-problema.
Fonte de consulta: Transtorno de Déficit de
Atenção-Hiperatividade
O que é? Como ajudar?
Autores: Luís Augusto
P. Rohde e Edyleine B.P. Benczik
Editora: Artes
Médicas
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