
Psicopedagogicamente analisando essa fala, Ferreiro está também se referindo aos mandatos instituídos pelas pessoas, mesmo que de forma não verbal, mas o significado do qual estão imbuídos.
Todo ser humano molda seu perfil, a forma como se auto percebe baseado nas reações que as outras pessoas têm dele próprio, ou como a própria pessoa assim é capaz de analisar. Por aí permeiam os olhares, os trejeitos, os gestos, as palavras, os "não ditos", entre outros.
E a própria caligrafia dos sujeitos está incluída nesses mandatos. A letra que fazemos traduz muito do que somos, basta parar para dar uma olhadinha. Isso conversaremos num próximo momento.
O ato de chamar alguém para conversar, dependendo da forma como é feito, já pode desencadear uma culpa danada, sem que o sujeito tenha aprontado algo. Supondo que a pessoa fosse chamar, dizendo: Fulano, venha aqui agora!!(dependendo do olhar, traduz: estás ralado, te peguei! e quem recebe o olhar já pensa: "Meu Deus, o que foi que eu fiz?". Se a pessoa estava sendo chamada para dar uma explicação por exemplo de alguma atividade, é provável que aconteça ali um bloqueio e nem lembrar como fez. Agora, se disser: "Fulano, dê um pulo aqui, vamos trocar umas idéias!" -Isso já se processa de forma diferente para quem ouve, exemplo: o prof, ou o adulto que o chama está querendo um diálogo, não está me chamando para me xingar, o que permite que o pensamento tenha chance de ir além e se sentir útil e participativo. Esse processo funciona muito bem, e é absolutamente simples, é uma questão de bom senso, apenas isso!!
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